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A depressão infantil

  • Foto do escritor: Psicóloga Tatiane Arruda
    Psicóloga Tatiane Arruda
  • 12 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

A depressão infantil é um quadro que, conforme estudos e pesquisas, pode iniciar na fase escolar e na adolescência. Antes desse período é incomum seu surgimento. Nas crianças a depressão apresenta-se como episódios depressivos, com momentos de humor negativo, tristeza, perda de interesse ou crises de raiva intensas. Depois desses momentos elas voltam a brincar e a fazer suas tarefas.

Essa inconstância no humor pode provocar confusão nos pais/responsáveis e nos profissionais da escola. Por exemplo, no caso dos adultos, o estado depressivo pode durar dias, semanas, meses; na criança pode ser um dia. Nas crianças, pelas características do quadro, a família pode entender que não é nada, ou que mais uma vez irá passar.


A diferença entre um momento de tristeza, que todos passamos, e um episódio depressivo é o impacto que provoca na vida. Um momento de tristeza normalmente é explicado por algo que aconteceu. Na depressão infantil, muitas vezes a criança não sabe explicar o que está sentindo, ela apenas sente uma tristeza, uma preocupação ou uma raiva intensa.


Na infância existem situações que podem desencadear um episódio depressivo, como a perda de um objeto importante, o medo de perder os pais, o nascimento de irmãos, a morte de avós, morte de animais de estimação ou as dificuldades escolares. Diante de situações que a criança não consegue entender ou processar, por ser algo novo e que ela não possui repertório para dar conta, ela pode criar fantasias, preocupações e angústias.


Os pais/ responsáveis precisam compreender a criança e estar atentos às suas dúvidas. Ainda se pensa que esconder situações da criança é o melhor, ou que a criança nem sabe o que está acontecendo por ser muito pequena. Explicar algumas situações, como a morte de um animal de estimação ou de um familiar, é importante para o desenvolvimento emocional da criança. Numa tentativa de poupar a criança, de protegê-la do sofrimento, a família impede que a criança sinta algumas emoções negativas, como a tristeza, a saudade, a raiva. Mas quando essa criança se depara com situações que provocam essas sensações, ela não saberá o que fazer e poderá intensificar toda a situação.

Para identificar a depressão infantil é importante estar atento a alguns sintomas, como humor irritado ou deprimido, alterações no sono, alteração psicomotora (falar demais ou mutismo, movimentos repetitivos), diminuição do interesse ou prazer nas atividades (até mesmo atividades cotidianas, como escovar os dentes), queixas de cansaço sem motivo, aumento ou perda de peso, sentimento de inadequação ou inutilidade, alteração na memória e na atenção, e até mesmo pensamentos e tentativas suicidas, automutilação.

Os pais/responsáveis tem o importante papel de identificar as alterações comportamentais. Infelizmente, a depressão ainda é vista como frescura ou falta de ter com o que se preocupar. E, em crianças e adolescentes, pode ser entendida como comportamento de birra ou descontentamento com tudo que os pais fazem. Os pais/responsáveis entendem que preocupações de verdade são aquelas do mundo adulto - trabalho, contas para pagar, comprar casa ou carro - mas esquecem que na fase infantil também existem preocupações. Cada fase da vida possui suas preocupações e problemas condizentes com o momento.

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