Cinco motivos para fazer uma Orientação Profissional
- Psicóloga Tatiane Arruda

- 28 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
A escolha profissional está constantemente presente na vida das pessoas e é exclusiva para cada um. Quanto mais assertiva a decisão, melhores serão os resultados futuros, inclusive os financeiros. Mas como fazer a melhor escolha? A Orientação Profissional pode guiar a tomada dessas decisões.
1. Orientação Profissional é autoconhecimento.
A Orientação Profissional é um processo de autoconhecimento que auxilia a pessoa na tomada de decisão relativa a sua carreira profissional, tanto na escolha quanto no seu direcionamento. Nesse processo identificam-se características e necessidades pessoais que impactam diretamente no exercício de determinada atividade profissional. Saber o que gosta e o que não gosta ou o esforço que está disposto a fazer é essencial para fazer escolhas.
2. Conhecendo-se melhor, a tomada de decisão torna-se mais assertiva.
A escolha profissional é uma das decisões mais importantes durante o processo de amadurecimento das pessoas. A importância desse momento tem relação com o significado que o trabalho adquiriu, como um organizador na vida das pessoas. É por meio dele que elas realizam seus projetos e desenvolvem um sentimento de pertencimento, pois estão produzindo algo, além das questões de autonomia e sobrevivência relacionadas. Quanto antes a escolha certa for feita, mais rápido será possível colher os frutos do investimento.
3. Lidar com a influência de familiares no processo de escolha.
É comum termos que lidar com as influências de familiares na escolha de uma carreira. Meu pai trabalha nisso, minha mãe na outra profissão, o irmão mais velho, o tio, a madrinha, enfim! Cada um achando que sua profissão é a melhor ou a mais indicada. Isso não quer dizer que se várias pessoas da família escolhem uma determinada carreira que todas as próximas gerações precisam manter a tradição. Da mesma forma, também não é um problema se a escolha for justamente seguir a tradição familiar.
O que importa é que a escolha não seja realizada apenas para ser a favor ou contra a família. Entender que sugestões são essas e o porquê as pessoas percebem que possui perfil para exercer uma atividade também é autoconhecimento. Essas informações são consideradas durante o processo de orientação profissional, inclusive, em alguns casos, os pais/responsáveis são convidados a participar da orientação para que possam perceber o seu papel e sua influência nesse momento de escolha.
4. Reduz a possibilidade de desistir de um curso
Escolher um determinado curso, seja de graduação, profissionalizante ou técnico, não é uma tarefa fácil. Existe uma infinidade deles, que se renovam conforme as necessidades da vida. Por exemplo, nesse momento de pandemia, a necessidade por um número maior de profissionais na área da saúde é indiscutível. E escolher uma carreira nessa área em função de uma necessidade do mercado é uma boa alternativa? Talvez não.
Uma coisa é admirar uma carreira; outra é exercê-la todos os dias, com todas as demandas, as responsabilidades e as dificuldades. Escolher uma carreira por achar “legal” ou “porque paga bem” pode trazer arrependimentos e investimentos desnecessários. Pessoas que cursam um, dois, cinco anos de uma graduação ou de um curso e começam a se dar conta que não é exatamente isso que querem, podem acabar diante de um dilema: continuar o curso mesmo assim ou trocar e perder o valor investido? A questão financeira fica em evidência nessa situação e pode ser que a escolha seja seguir um curso equivocadamente escolhido.
A chance de passar por esse sofrimento pode ser reduzida se a escolha profissional for realizada de forma consciente; a orientação profissional é bem-vinda nesse momento.
5. Com escolhas mais assertivas, diminui a chance de se frustrar no curso ou carreira escolhida e ter que lidar com o sofrimento diante de uma desistência.
Além de correr o risco de se frustrar com o caminho escolhido, ainda é preciso lidar com o sofrimento diante da desistência. Enfrentar a família, os amigos ou mesmo os colegas de trabalho não é fácil quando se desiste de um caminho.
O peso do julgamento das outras pessoas é forte, mas o peso da autocobrança também é. Ao fazer uma escolha de carreira, existem expectativas e interesses envolvidos. Dar-se conta que talvez esse não seja o caminho, ir percebendo que está mais difícil que o esperado, que a dificuldade é grande, ou que não se gosta do que está estudando, é perceber como está o seu próprio desempenho. Esse momento pode gerar sentimentos de não ser capaz, de não ser inteligente o suficiente, ou, até mesmo, de incompetência.
Escolher envolve seguir uma direção e, como consequência, não seguir outras. Ter o máximo de informações sobre si mesmo e sobre as possibilidades de caminho favorece a escolha pela direção certa.





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